Descubra a rica história da capirotada mexicana e seu simbolismo religioso neste artigo cheio de tradição e sabor.
A capirotada é um prato muito popular no México. É consumido o ano todo, mas é considerado um prato de vigilia e é preparado de diversas formas em todo o país.
Quando morei em San Luis Potosi, tive a oportunidade de vivenciar a Procissão do Silêncio, que tem origem nas representações da Semana Santa de Sevilha, na Espanha, instituídas durante o século XVI. San Luis Potosí recebeu e abraçou esta tradição desde 1953, devido à devoção à Virgem de Soledad, promovida pela Ordem Carmelita e pela comunidade tauromáquica.
Voltando a origem do prato é mais complexa, pois há quem o associe a um preparo que era feito na Roma Antiga e que está registrado no livro De re coquinaria, atribuído a Marco Gavio Apicio, denominado Sala Cattabia.
Segundo uma nota do México Desconocido, o prato consistia em “pedaços de pão embebidos em água misturada com vinagre” aos quais eram depois “adicionadas camadas de queijo de leite de vaca e pepino e alternadas com sementes de pinheiro, alcaparras picadas, fígados de frango cozidos, e em cima de cada camada o aderezo.”
Mais tarde, em 1477, apareceu na Espanha o Livro de Receitas de Roberto de Nola, que incluía uma receita chamada amêndoarote: camadas de pão torrado e embebido em caldo de carneiro, acompanhadas de carne de perdiz assada e, por cima, um molho, chamado amêndoarote, feito com alho, queijo, manteiga, gemas e caldo de cordeiro frio.
Porém, só em 1611 surge outra receita chamada “Sopa de capirotada” no livro Arte de cozinhar, pastelaria, viscosidade e conservas de Francisco Martínez Montiño. Assim como a receita de De Nola, é um preparo de carne, portanto nenhum dos dois é considerado prato de vigilia.
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A capirotada é um prato muito popular no México. É consumido o ano todo, mas é considerado um prato de vigilia e é preparado de diversas formas em todo o país.
Capirotada a Moda Sabará |
Mas você sabe de onde vem?
A origem da capirotada
A capirotada deve o seu nome ao “capirote”, o chapéu alto e pontudo usado por alguns padres nas procissões da Semana Santa. Por sua vez, a palavra “capirote” vem do latim cappa, que significa “capuz”.
Procissão do Silêncio – San Luis Potosí, México, 2001 |
Quando morei em San Luis Potosi, tive a oportunidade de vivenciar a Procissão do Silêncio, que tem origem nas representações da Semana Santa de Sevilha, na Espanha, instituídas durante o século XVI. San Luis Potosí recebeu e abraçou esta tradição desde 1953, devido à devoção à Virgem de Soledad, promovida pela Ordem Carmelita e pela comunidade tauromáquica.
Voltando a origem do prato é mais complexa, pois há quem o associe a um preparo que era feito na Roma Antiga e que está registrado no livro De re coquinaria, atribuído a Marco Gavio Apicio, denominado Sala Cattabia.
Segundo uma nota do México Desconocido, o prato consistia em “pedaços de pão embebidos em água misturada com vinagre” aos quais eram depois “adicionadas camadas de queijo de leite de vaca e pepino e alternadas com sementes de pinheiro, alcaparras picadas, fígados de frango cozidos, e em cima de cada camada o aderezo.”
Mais tarde, em 1477, apareceu na Espanha o Livro de Receitas de Roberto de Nola, que incluía uma receita chamada amêndoarote: camadas de pão torrado e embebido em caldo de carneiro, acompanhadas de carne de perdiz assada e, por cima, um molho, chamado amêndoarote, feito com alho, queijo, manteiga, gemas e caldo de cordeiro frio.
Porém, só em 1611 surge outra receita chamada “Sopa de capirotada” no livro Arte de cozinhar, pastelaria, viscosidade e conservas de Francisco Martínez Montiño. Assim como a receita de De Nola, é um preparo de carne, portanto nenhum dos dois é considerado prato de vigilia.
Porém, Martínez Montiño substitui o pão por torradas de mel e incorpora o queijo ralado entre as camadas do pão.
Mais tarde, o prato chegou à Nova Espanha e em 1780 apareceu a primeira versão sem carne no Livro de Receitas de Fray Gerónimo de San Pelayo, sendo até então mencionado pela primeira vez como prato de vigília. Essa versão do prato, que ainda pode ser encontrada, era feita com pão, queijo e molho.
Além de ser um prato de vigília – só foi oficialmente considerado prato de vigília em 1940 – acredita-se que cada um dos seus ingredientes tenha um claro simbolismo religioso.
Assim, segundo nota do Atellier Nahualcalli:
Mais tarde, o prato chegou à Nova Espanha e em 1780 apareceu a primeira versão sem carne no Livro de Receitas de Fray Gerónimo de San Pelayo, sendo até então mencionado pela primeira vez como prato de vigília. Essa versão do prato, que ainda pode ser encontrada, era feita com pão, queijo e molho.
Significado religioso da Capirotada
Assim, segundo nota do Atellier Nahualcalli:
- O pão é o corpo de Cristo.
- O mel ou calda de rapadura derretido no pão significa a doçura do precioso sangue de Jesus.
- Os cravos correspondem aos que foram pregados e às feridas.
- Canela é a Santa Cruz onde o Senhor se sacrificou pela nossa redenção.
- O queijo que cobre o pão é o sudário de Verônica e o lençol sagrado onde foi embrulhado Cristo quando descido da cruz.
- As uvas passas são consideradas um elemento moderno, mas relacionam-na com a alegria da Páscoa e a ressurreição esperada.
Variantes da capirotada no México
A capirotada apresenta um grande número de variantes, dependendo do estado da república em que é preparada.
Por exemplo,
Enquanto na Baixa Califórnia é preparado como uma espécie de pudim feito de pão, queijo, tomate, amendoim e passas,
em Tantoyuca, na huasteca de Veracruz, é feito com bolillo, mel de piloncillo e frutas secas.
Em Nuevo León é feito com “fatias de bolillos fritos na banha, molho de rapadura com passas uvas passas, cebola, tomate e queijo de cabra fresco”,
em Zacatecas se usa “pão branco duro fatiado e frito na banha, que é colocado em camadas alternadas com queijo, amendoim, amêndoas, acitrón, nozes e mel ou calda de piloncillo e decorado com uvas passas.”
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Receita Tradicional Mexicana
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Xarope de rapadura:
2 Ɩ de água
450 g de rapadura
20 cm de canela em rama
1 cravo da India
Pão dormido:
16 fatias de pão de sal dormido de 1 cm de espessura.
2 xícaras de banha
Montagem:
1/3 de xícara de amendoim descascados e torrados
50 g de queijo Minas Media Cura Espolvilhado
1 xícara de uvas passas pretas
Opcional:
1 kg de Sorvete Baunilha
Variantes da capirotada em Minas Gerais, Brasil
Receita Capirotada a moda Sabará, MG
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Calda de Jabuticaba:
1 lt de Calda de Jabuticaba
Pão dormido:
16 fatias de pão de sal dormido de 1 cm de espessura.
2 xícaras de banha
Montagem:
1 xícara compota de Jabuticaba Passa
1/3 de xícara de castanha de caju
50 g de queijo Minas Media Cura Espolvilhado
Opcional:
1 kg de Sorvete de Jabuticaba
En 2018 a convite especial da Chef Milsane de Paula do Restaurant Sebastião Gourmet participamos a 4 mãos na Aula Show da 32a edição do Festival da Jabuticaba em Sabará, MG.
E também teve participação no programa “Viajando com Toledo!”
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Agorá se você por questões de agenda, nao tiver oportunidade de viajar no momento, existe a possibilidade de conseguir os ingredientes com meus super amigos de Empório da Terra na sua loja virtual, fazendo suas compras de maneira segura, prática e ainda recebir no conforto de sua casa em qualquer canto do Brasil.
Top de mais chapelão sobremesa com história!!!!
Amigo anômino, aguardo seu feedback o dia que decida realizar a receita!
Esse doce me fazia lembrar de minha vó enquanto eu vivia em San Diego e trabalhava em Tijuana. Nessa época surgia o El Burritogro grande projeto da minha vida devotado à cocina que mais amo, lá cocina de baja Califórnia.