Hábitos e Costumes das Crianças Astecas Segundo o Códice Mendozino
Nas páginas antigas e detalhadas do Códice Mendozino, encontramos um vislumbre encantador da vida das crianças astecas, um povo cuja história e cultura estão entrelaçadas com o espírito da terra e dos deuses. Essas crianças, desde tenra idade, eram moldadas pelas mãos da tradição, cresciam sob o olhar atento de seus ancestrais e aprendiam a caminhar pelos caminhos sagrados de sua civilização.
Um Olhar Poético sobre a Infância Asteca
As crianças astecas eram os brotos novos da árvore da vida, nutridas pelos ensinamentos de seus pais e anciãos. Desde os primeiros dias, o berço que embalava seus sonhos era feito de cuidado e disciplina. Envoltas em mantos de amor e responsabilidade, aprendiam a respeitar os ciclos da natureza e a honrar os espíritos que habitavam cada pedra, planta e rio.
A Educação e os Valores
O Códice Mendozino nos revela que, nas famílias astecas, a educação era uma jornada espiritual e prática. Os meninos eram instruídos nas artes da guerra e da agricultura, aprendendo a ser guerreiros corajosos e cuidadores diligentes da terra. As meninas, por sua vez, eram ensinadas nas habilidades domésticas, na tecelagem e na preparação de alimentos, cultivando o coração do lar com sua habilidade e sabedoria.
Rituais e Cerimônias
Cada etapa da infância era marcada por rituais e cerimônias que reafirmavam a conexão das crianças com a comunidade e com os deuses. Aos quatro anos, iniciavam-se os primeiros passos na educação formal, com meninos e meninas seguindo caminhos específicos que refletiam seu futuro papel na sociedade. A disciplina era uma constante, e castigos severos, mas justos, eram aplicados para assegurar que cada criança seguisse o caminho da virtude.
Brincadeiras e Lazer
Mesmo em meio a tanta disciplina, havia espaço para a alegria e a brincadeira. As crianças astecas brincavam com bonecas, bolas e jogos que não apenas entretinham, mas também ensinavam lições valiosas de estratégia, cooperação e destreza. Era através dessas atividades que aprendiam a importância da comunidade, da amizade e da competição saudável.
Astecas aos 3 anos de idade
Na primeira partida, observamos como os pais astecas guiavam seus filhos com conselhos sábios desde os três anos de idade, simbolizado nas pedras de cor azul turquesa, refletindo a pureza e a preciosidade dessa fase da vida.
A cada refeição, ofereciam com carinho meia tortilla, uma porção simples, mas repleta de significado e afeto.
Esse gesto singelo não era apenas alimento, mas uma demonstração profunda de amor e cuidado, nutrindo não só o corpo, mas também o espírito e a mente dos pequenos astecas.
Astecas aos 4 anos de idade
Na segunda partida, encontramos os pais astecas ensinando seus filhos em atividades simples, mas cheias de significado.
Os meninos, com olhos curiosos e mãos ansiosas, aprendiam a buscar água em uma vasilha de argila, sentindo o peso e a importância de cada gota. As meninas, com delicadeza e dedicação, desfiavam as fibras de algodão, transformando-as em algo precioso e útil.
Esses momentos eram mais do que simples tarefas; eram lições de vida, de responsabilidade e de conexão com suas raízes e tradições. A cada gesto, os pais transmitiam não só habilidades práticas, mas também valores profundos e o amor pela cultura asteca.
Eram nutridos a cada alimentação com uma tortilla, um gesto simples, mas repleto de carinho e significado. A cada mordida, sentiam o amor e o cuidado de seus pais, que se dedicavam a preparar esse alimento com todo o esmero.
Astecas aos 5 anos de idade
Os pais ensinavam com dedicação e carinho seus filhos de cinco anos de idade, em atividades simples, exercitando-os em tarefas pessoais.
Os meninos, com olhos brilhantes de entusiasmo, ajudavam a selecionar e recolher lenha, carregando pequenos feixes que levavam com orgulho aos tianguis, onde seriam comercializados.
As meninas, nessa mesma idade, eram ensinadas com paciência e ternura a manejar a roca para fiar, transformando fibras em fios sob o olhar atento de suas mães.
A cada refeição, uma tortilla era seu alimento, simbolizando não só o sustento físico, mas também o amor e o cuidado de seus pais.
Esses momentos, repletos de simplicidade e afeto, moldavam o caráter e fortaleciam os laços familiares, transmitindo a rica herança cultural dos astecas através de gestos cotidianos e cheios de significado.
Astecas aos 6 anos de idade
As crianças astecas aprendiam com seus pais a realizar atividades simples, mas cheias de propósito.
Eram enviados aos tianguis (mercados de rua) para recolher do chão os grãos de milho, feijão e outros alimentos que eram derramados pelos comerciantes.
Já as jovenzinhas astecas, sob a orientação amorosa de suas mães, eram ensinadas a fiar e a realizar outras atividades úteis.
Assim, ocupavam seu tempo de maneira produtiva, afastando-se da ociosidade e evitando maus hábitos. A cada refeição, recebiam uma e meia tortilla, um gesto que ia além do sustento físico, representando também o cuidado e o amor de seus pais.
Esses momentos diários, cheios de simplicidade e significado, eram fundamentais na formação do caráter e na transmissão dos valores culturais, mantendo viva a rica herança asteca através de cada ensinamento e refeição compartilhada.
Astecas aos 7 anos de idade
Nesta etapa da vida, os pais das crianças astecas entregavam redes de pesca para que iniciassem suas aventuras no maravilhoso lago de Texcoco.
Era um momento de descoberta e aprendizado, onde os meninos, com corações cheios de expectativa, sentiam a emoção de cada captura.
Em contrapartida, as mães das jovens astecas ensinavam-nas a fiar, sempre acompanhando suas lições com bons conselhos e palavras de sabedoria. As meninas, com mãos hábeis e olhos atentos, aprendiam a transformar fibras em fios, perpetuando uma tradição ancestral.
A porção de tortillas que consumiam em suas refeições era de uma e meia tortilla quentinha, recém-feita, símbolo do amor e do cuidado de suas famílias. Cada refeição era mais do que um simples momento de nutrição; era um laço de afeto e uma forma de transmitir valores e tradições, fortalecendo a identidade e a união dentro da comunidade asteca.
Astecas aos 8 anos de idade
Pais com filhos de oito anos de idade, quando estes começavam a mostrar comportamentos inadequados e desobedeciam suas instruções, recorriam à ameaça de punição com as temidas pontas de maguey.
Os meninos choravam de medo só de pensar nesse castigo, o temor gravado em seus corações. Era uma maneira dura, mas eficaz, de ensinar respeito e obediência em uma sociedade onde os valores e a disciplina eram fundamentais.
Nessa idade, os meninos astecas continuavam a receber uma e meia tortilla em suas refeições, um gesto de amor e cuidado em meio à rigidez necessária.
As tortillas, quentinhas e recém-feitas, eram mais do que sustento; representavam a ligação entre pais e filhos, um símbolo de que, apesar das lições difíceis, o amor e o bem-estar dos pequenos eram sempre a prioridade.
Astecas aos 9 anos de idade
Na terceira partida, é declarado que, aos nove anos de idade, sendo incorregíveis e rebeldes com seus pais, os filhos eram castigados severamente com pontas de maguey. Os meninos eram amarrados de pés e mãos, deixados nus e tinham as pontas de maguey cravadas nas costas e no corpo. As meninas, por sua vez, tinham as mãos perfuradas. A ração que recebiam para comer era de uma e meia tortilla.
Esses castigos, extremamente dolorosos e cruéis, eram vistos como medidas necessárias para corrigir comportamentos inadequados e garantir que os jovens aprendessem a importância da obediência e do respeito. A disciplina era rígida, mas sempre acompanhada da intenção de proteger e guiar os filhos para um caminho de virtude e responsabilidade. Mesmo em meio à dor dos castigos, o ato de alimentar os filhos com tortillas quentinhas refletia o amor persistente dos pais, que, apesar de tudo, desejavam o melhor para eles.
Astecas aos 10 anos de idade
Crianças astecas de dez anos de idade, quando desobedeciam seus pais, além de serem ameaçadas com as temidas pontas de maguey, também recebiam terapias corretivas severas.
Eram castigadas com palmatórias ou tinham suas mãos amarradas, ficando imóveis por um período de tempo.
Essas medidas eram duras e dolorosas, causando lágrimas e sofrimento, mas faziam parte de uma tradição que valorizava a disciplina e o respeito acima de tudo.
Mesmo nesses momentos difíceis, o amor dos pais estava presente, pois acreditavam que essas correções rigorosas eram necessárias para o bem-estar e a formação moral de seus filhos.
Cada refeição, com uma e meia tortilla quentinha, era um lembrete de que, apesar dos castigos, o carinho e o cuidado não faltavam.
Astecas aos 11 anos de idade
Aos onze anos de idade, a jovem ou o jovem asteca que não aceitava as correções verbais de seus pais recebia uma terapia familiar severa.
Eram castigados com a inalação de fumaça de pimentas, um tormento grave e cruel. Esse castigo tinha o objetivo de evitar que se tornassem pessoas viciosas e vagabundas, ensinando-lhes a importância da disciplina e do comportamento adequado.
Apesar da dureza dessas medidas, os pais acreditavam estar agindo pelo bem de seus filhos, protegendo-os de um futuro incerto e problemático.
Nessa idade, ainda recebiam uma e meia tortilla em suas refeições, uma porção cuidadosamente medida para que não aprendessem a ser gulosos e glutões.
Astecas aos 12 anos de idade
O menino ou menina que não recebia correção e conselho de seus pais enfrentava castigos severos.
O pai, em sua desesperada tentativa de ensinar o filho, amarrava-lhe os pés e as mãos, deixando-o deitado nu em um petate úmido, onde permanecia o dia inteiro. A mãe, por sua vez, obrigava a filha a varrer e limpar a casa e a rua durante toda a noite, até o amanhecer do dia seguinte.
Esses castigos eram duros e dolorosos, refletindo o profundo desespero e a determinação dos pais em moldar o caráter de seus filhos, mesmo que através de sofrimento.
Mesmo nesses momentos de severidade, a porção alimentar de uma e meia tortilla continuava sendo oferecida, um gesto que, apesar de tudo, simbolizava o cuidado e o amor dos pais.
Astecas aos 13 anos de idade
Aos treze anos de idade, os jovens astecas dedicavam-se às tarefas solicitadas por seus pais com diligência e empenho.
Os rapazes eram enviados em canoas para buscar carrizos e quelites (pancs) para o consumo da família.
Enquanto isso, as jovens mulheres começavam a aprender as artes da cozinha: preparar o nixtamal, moer o milho no metate, assar as tortillas no comal, cozinhar os feijões em panelas de argila, e preparar molhos no molcajete.
Dessa forma, toda a família participava em benefício mútuo e cuidado mútuo.
Essas atividades não eram apenas tarefas diárias, mas sim um modo de vida compartilhado e um aprendizado constante, onde cada membro contribuía para o bem-estar geral.
Era um momento de união e solidariedade, onde as habilidades eram transmitidas de geração em geração, enriquecendo não apenas o corpo com alimentos nutritivos, mas também o espírito com valores de colaboração e respeito mútuo.
Astecas aos 14 anos de idade
Os jovens astecas participavam das árduas tarefas de pesca na vastidão do lago de Texcoco, capturando peixes, rãs, aves e insetos. Enquanto isso, as habilidosas jovens criavam verdadeiras obras-primas tecendo belos tecidos no tear de cintura.
Essas atividades não eram apenas ocupações cotidianas, mas sim expressões de habilidade e conexão com a natureza que os cercava. Cada pescaria era um desafio e uma lição de paciência e determinação, enquanto as tecelãs, com mãos habilidosas, transformavam fios em tecidos que contavam histórias através de suas cores e padrões.
Esses momentos não apenas sustentavam suas comunidades, mas também enriqueciam suas vidas com a beleza do trabalho manual e a gratificação de contribuir para o sustento familiar. Eram momentos de aprendizado e crescimento, onde cada jovem asteca encontrava seu lugar no mundo, cultivando tradições que os ligavam profundamente à sua cultura e às gerações que os precederam.
Os hábitos e costumes das crianças astecas refletiam uma sociedade profundamente enraizada na disciplina, no trabalho e na transmissão de valores culturais. Desde a mais tenra idade, as crianças eram ensinadas a respeitar seus pais e a contribuir para o bem-estar da família e da comunidade. Através de atividades simples, como buscar água, fiar fibras ou recolher alimentos nos mercados, até tarefas mais complexas, como a pesca no lago de Texcoco e a confecção de tecidos no tear de cintura, cada etapa da vida era marcada por aprendizados significativos.
As refeições, consistindo de tortillas quentinhas e cuidadosamente preparadas, simbolizavam o amor e o cuidado constantes dos pais, mesmo nos momentos de correção rigorosa. As crianças astecas, ao crescerem, aprendiam a importância do trabalho árduo, da colaboração e do respeito às tradições, moldando-se em indivíduos que valorizavam a sua cultura e a sua comunidade. Esses hábitos e costumes eram fundamentais para a coesão social e para a preservação da rica herança cultural asteca, garantindo que as futuras gerações continuassem a honrar e a perpetuar esses valores essenciais.
Excelente el códice, felicidades hay que difundir a muchos millones de padres mexicanos que están volviendo comodinos peresosos irrespetuosos a sus HIJOS
Me encanto esta nota; el cómo una tortilla simbolizaba el valor y ese vinculo entre padres e hijos. No cabe duda que los ancestros eran mas sabios, estando atentos a los hijos enseñando valores y disciplina; cosas que actualmente han perdido ponderancia en las familias.